Análise Número 2

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Nesta análise, vamos examinar os primeiros compassos de Auld Lang Syne, uma tradicional balada escocesa.

Primeiro, precisamos determinar o tom. Como a armadura contém um bemol, temos duas possibilidades: Fá maior ou Ré menor.

O primeiro acorde contém Fá, Lá e Dó – uma tríade maior de Fá. Como este é o I em Fá Maior, estamos muito provavelmente neste tom.

O compasso seguinte contém somente Fás, Lás e Dós – tríades maiores de Fá. Logo, todos os quatro acordes são I. Como estaríamos repetindo um símbolo analítico, não há necessidade de escrevê-lo novamente.

O primeiro acorde do compasso seguinte contém Dó, Dó, Mi e Sol – uma tríade maior de Dó. Logo, é um acorde V.

O segundo acorde contém Dó, Dó, Ré e Fá – que é simplesmente esquisito. Vamos pular ele por ora.

O terceiro acorde é uma duplicação do primeiro.

O quarto acorde contém Dó, Si bemol, Mi e Lá. De novo, isso não se encaixa direito numa tríade. Vamos pular este também.

O compasso seguinte contém somente Fás, Lás e Dós. Novamente, todos os quatro acordes são acordes I.

O último compasso contém Si bemol, Si Bemol, Fá e Ré – uma tríade maior de Si bemol. Logo, trata-se de um acorde IV.

Vamos agora voltar e analisar as partes que pulamos.

Se considerarmos as notas estranhas à harmonia, a primeira parte pulada pode se analisada como contendo duas notas vizinhas.

Antes de passarmos para a segunda parte, há uma pequena informação que você precisa saber:

Quando fazem abertura de um acorde de sétima, os compositores às vezes deixam a quinta de fora.

Armado com esse conhecimento, vamos reexaminar o misterioso acorde.

As três notas de baixo são a fundamental, terça e sétima de um acorde de sétima da dominante de Dó. Somente o Sol (a quinta) está faltando.

O Lá pode agora ser analisado como uma nota estranha. Como ela chega num passo e depois dá um salto, ela é uma nota de escape.

Esta análise é reforçada pelo fato de que os acordes V geralmente resolvem em I.

Ouça os compassos acima de Auld Lang Syne.